Brasil exporta 2,7 milhões de sacas em fevereiro
Segundo relatório compilado pelo Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, as exportações brasileiras de café somaram 2,7 milhões de sacas em fevereiro de 2020 (saca verde, solúvel &torrado & moído). A receita com as vendas eternas alcançaram US$ 361,4 milhões e o preço médio da saca foi de US$ 133,59, alta de 1,8% em relação a fevereiro de 2019.
Entre as variedades de café exportadas, o tipo arábica respondeu por 81,5% do volume total de café exportado no mês, com 2,2 milhões de sacas embarcadas, e o café solúvel representou 10,4% dos embarques, com a exportação de 281 mil sacas. Já o café conilon (robusta) representou 8,1% de participação nas exportações, equivalente a 219 mil sacas, registrando aumento de 3,3% no volume na comparação com fevereiro do ano passado. “Os resultados das exportações de café em fevereiro refletem o ritmo do mês mais curto do ano, com menos dias úteis, bem como a redução de oferta. A safra 2019/2020 foi menor do que a anterior, resultando em uma redução de embarques. Tudo indica que teremos desempenho semelhante até junho, quando termina a entressafra e se inicia a colheita da nova safra”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
No primeiro bimestre de 2020, o Brasil exportou 6,2 milhões de sacas de café, com destaque para o crescimento de 22,1% nas exportações de café robusta (equivalente a 442,7 mil sacas) na comparação com o primeiro bimestre do ano passado, de 9,2% nos embarques de café solúvel (totalizando 606,1 mil sacas) e de 16,2% nos embarques de café Torrado & Moído (3,1 mil). A receita cambial gerada pelas exportações no período foi de US$ 834,4 milhões e o preço médio foi de US$ 135,07. O principal destino do café nacional nos dois primeiros meses do ano foi, os Estados Unidos, com 1,2 milhão de sacas (19,5% das exportações no período), seguido pela Alemanha, com 1,1 milhão (equivalente a 17,2% de participação nos embarques). Na sequência, os países que mais importaram o produto foram Itália, com 588,1 mil sacas (9,5%); Japão, com 338,5 mil sacas (5,5%); Bélgica, com 334,1 mil sacas (5,4%); Federação Russa, com 207,5 mil sacas (3,4%); Turquia, com 193,5 mil sacas (3,1%); Suécia, com 140,5 mil sacas (2,3%); Canadá, com 140,3 mil sacas (2,3%); e Espanha, com 133,8 mil sacas (2,2%).
A Federação Russa e a Suécia apresentaram os maiores crescimentos no bimestre, com 28,2% e 28,6%, respectivamente. Entre os continentes e blocos se destacam as exportações para a África, aumento de 66,4% (135,5 mil sacas), países do BRICS, 30,5% (288 mil sacas), Leste Europeu, 22% (317,2 mil sacas) e para os países produtores, 18,1% (268,7 mil sacas).
Em 2020, o Brasil exportou 1,1 milhão de sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) que representaram 18,4% do total embarcado no período. A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 196,1 milhões ou 23,5% do total gerado com os valores da exportação de café no período, enquanto que o preço médio da saca de cafés diferenciados ficou em US$ 172,86.
Nos oito primeiros meses do Ano-Safra 2019/20 (jul/19-fev/20), o Brasil exportou 26,4 milhões de sacas de café, com destaque para o crescimento de 18,1% nas exportações de café robusta na mesma base comparativa da safra anterior. A receita cambial com as exportações no período até agora foi de US$ 3,4 bilhões e o preço médio foi de US$ 127,66. O relatório completo das exportações de café de fevereiro de 2020 está disponível no site do Cecafé: http://www.cecafe.com.br/.

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